segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba 2009 - Minha 5ª Maratona esse ano...

Chegou a vez de Curitiba! A capital paranaense foi palco da minha última Maratona do ano! Cheguei na sexta dia 20 (feriado no Rio, mas não em Curitiba) e fui direto para o hostel. Pela primeira vez na minha vida fiquei num albergue, e adorei! É mais barato e mais divertido, não tem o isolamento de um hotel.

Dei uma passeada pela cidade a pé, e depois fui pegar meu kit. Já na entrega encontrei alguns amigos, como o Alberto, Nilson, Ésio e o Hideaki. Depois encontrei com a minha amiga de Curitiba, Juliana, que me levou para conhecer a cidade. Na própria sexta fui numa churrascaria e numa casa de samba, curtir um pouquinho a noite curitibana. Já no sábado foi a vez de fazer um city tour. Conheci o Parque Birigui, o Museu Oscar Niemeyer )Museu do Olho), a Ópera de Arame e o Jardim Botânico. De noite foi a vez de um jantar no mega restaurante Madalosso, que tem capacidade para 5.000 pessoas, mais do que a lotação da corrida! Valeu Tuco! Foi muito bom ter te conhecido pessoalmente. No jantar estavam a Juliana, Hideaki, João e Sabine. E também mais um montão de gente que conheci naquele dia.

Ao sair de lá, ainda parei no centro para ver o Coral do HSBC. Pra quem não conhece, é um coral lindo que fica num prédio antigo, onde fica uma criança por janela, cantado músicas de Natal. Fim do turismo! Era hora de descansar.

Às 6h do domingo 22 já estava eu de pé, me arrumando para a corrida. Fiz o check-out e às 6h30 eu já estava a caminho da largada. Chegando lá, tirei algumas fotos, encontrei com os Corredores de Rua de Curitib@, encontrei alguns MMs e esperei a largada feminina da Maratona. Elas largaram 30min antes. Não só a elite, como todas as mulheres que correram! Depois era a vez dos homens e só depois era a vez do pessoal que correria os 10k e os caminhantes. Isso foi excelente e deve ser copiado pelas demais corridas, principalmente a Maratona de São Paulo e o Circuito das Estações Adidas.

A minha largada foi dada pontualmente às 8h. Logo na saída encontro o Pingüim e o Ésio. Vou com o Ésio por mais ou menos 1km. Já o Pingüim é impossível de acompanhar, pois ele dá uns tiros, para, tira foto, volta a correr, para, tira foto de novo, etc... Ele tirou umas fotos minhas que devem ter ficado muito boas! Depois quero ver todas!!!

Como menos de 5km já passamos pelo primeiro ponto turístico, o Museu do Olho, que eu tinha conhecido na véspera! Visto da rua, durante uma Maratona, ele é ainda mais bonito! Niemeyer é realmente um gênio!

No km18 encontrei o Alexei, da Nova Equipe de São Paulo. Fomos juntos até o km30. Foi uma excelente companhia por esses 12km. Conversamos muito sobre as maluquices que fazemos e faremos. Mais um que encontrarei no Rio, nas 24h.

Outra pessoa que encontrei na corrida foi a minha querida amiga Eliste, parceira do K42 de Bombinhas. Fizemos alguns pedaços juntos, mas não muitos. A primeira vez que nos cruzamos foi no km32.

Foi mais ou menos nessa hora que o tempo virou! O tempo estava quente e abafado, e ficou frio e com rajadas de vento. Começou a cair uma chuva fina, que logo se transformou num temporal. Se fosse só a chuvinha, seria maravilhoso, mas com a tempestade era difícil correr direito. O tênis logo ficou ensopado,e para piorar o vento e a força da água era tão forte que doía quando encostava nas costas. Se viesse de frente seria impossível continuar... Isso durou por mais ou menos uns 5km, que logicamente foram os 5k mais lentos de toda a corrida.

Com o fim da chuva e a proximidade do fim, será hora do sprint final. Tinha dado uma pequena caminhada no km35 e já estava de volta a toda. Agora nada me parava, nem a famosa e temida “dor do lado” poderia me impedir de chegar. Depois de passar a placa do km40, eu comecei o meu sprint final. Passei pelo Passeio Público a toda e seguia. Essa hora foi boa, pois passei um montão de gente, e não fui ultrapassado por ninguém. Encontrei várias pessoas que me deram apoio e tiraram fotos de mim. Era só correr para o abraço! Cruzei a linha de chegada com 4h58’28”. Fiz um minuto a mais do que meu recorde pessoal. Mas levando em consideração os acontecimentos climáticos, foi um resultado excelente, que certamente será batido ano que vem.

Curitiba tem uma Maratona dificílima, com muitas subidas e descidas. Sem cair uma tempestade ela já é difícil, caindo então, fica uma prova muito dura. Não basta correr 42.195m, subindo e descendo, tem que sofrer também com muita água nas costas e sol no início da corrida. Tem que ser sofrido...

Foi muito bom rever toda a galera. Muito obrigado a todos em especial para a minha amiga Juliana, que foi minha guia na cidade. Nunca tinha ido lá, e agora conheço mais do que muita gente.

Que venham às 24h do Rio, nesse próximo fim de semana!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

1ª Maratona Cross Country de Búzios

Sou carioca, e nunca tinha sequer visitado a linda cidade de Armação dos Búzios, conhecida mundialmente somente por Búzios, graças à famosíssima Brigitte Bardot. Resolvi conhecer Búzios durante o fim de semana do feriado da Proclamação da República, justamente quando aconteceria a 1ª Maratona Cross Country de Búzios.

Sexta feira, dia 13 de Novembro, encontro com a minha equipe na orla do Leme e parto de carro para Búzios. Algumas horas depois, já estou na Rua das Pedras, com alguns amigos corredores conversando sobre o que nos esperava dois dias depois.



Na orla Bardot


Sábado era dia de pegar o kit e curtir a praia da Azedinha, uma praia escondida e pequena, que só se chega a pé. Lá encontrei um amigo meu de infância que me apresentou uma máquina fotográfica à prova d’água. Tiramos algumas fotos embaixo d’água e nos despedimos. Era hora do almoço e logo depois tinha o congresso técnico.

Na saída do Congresso


Já tinha uma idéia da dificuldade da prova, mas foi no congresso que descobri que a prova seria muito difícil. E meu objetivo era somente completar, já que no outro fim de semana teria a Maratona de Curitiba. Foram anunciados postos a cada 3,5km, o que daria um bom abastecimento, fato que não se comprovou ao longo de toda a prova. Tomei coragem e fui dormir, pois a largada seria dada no dia seguinte às 7h e a prova tinha previsão de acabar às 14h, com o tempo máximo de 7h, 1h a mais do que uma Maratona “normal”.

O despertador estava programado para às 5h, mas antes disso eu já estava de pé, de banho tomado e com a roupa da corrida. Foi a maldita TPM (Tensão Pré-Maratona)! Um pouco antes das 7h lá estava eu na Rua das Pedras novamente, mas dessa vez era para correr. Encontrei grandes amigos lá, meu treinador também estava lá para correr. Um pouco depois das 7h tocaram o hino nacional, fizeram a contagem regressiva e foi dado o tiro de largada.

Eu e Manel, meu treinador


Nós, os Marathon Maniacs

Desde o início eu sabia onde era o meu lugar: no final da fila. A maioria dos competidores era de equipes de duplas e quartetos, que correm numa velocidade maior. Comecei a correr devagar. Minha previsão era de chegar na primeira metade em menos de 3h e no final em mais 3h30. Então lá fui eu, devagar e sempre. Até o primeiro posto de troca (cada um era posicionado a cada quarto de prova) foi tudo maravilhoso. Algumas subidas e descidas, mas nada assustador.

Já o segundo trecho não era tão fácil. Já no inicio tínhamos que correr numa trilha fechada, com pouca sinalização. Mas era o caminho certo, e segui a diante. Dessa vez as subidas eram grandes, e a areia das praias não era tão dura. Ou seja, foi um trecho difícil. Consegui chegar na metade da prova antes das 3h previstas. Na primeira metade passamos pelas praias da Ferradura, Geribá e Tucuns.

Correndo e hidratando!

Correndo ladeira abaixo

Correndo na praia

Como corri com a minha câmera, fui tirando fotos pelo caminho. Fiz isso também em Bombinhas, em agosto deste ano. Só que dessa vez o calor estava muito forte. A corrida foi realizada em temperaturas que beiravam os 40°. Suei muito e a câmera não agüentou. Pifou com o suor na metade da prova, justamente no ponto mais alto, logo depois de eu tirar um foto minha com a vista maravilhosa de lá. Que inveja me deu na hora que a máquina quebrou, da máquina do meu amigo. Uma à prova d’água seria a solução! Vou comprar uma!

A saideira!

Começava então a segunda e mais difícil parte da prova. O terceiro quarto da prova já começava com uma subida de 180m de altitude. Saímos do nível do mar e fomos até o topo do morro em menos de 1km. E depois disso, a vida não ficava mais fácil. A descida não era simples e estava muito quente. Mas se descia, e já era hora de subir de novo. Tínhamos que passar por um descampado, e no alto dele tinha um alagado, onde era obrigatório colocar o pé na lama. Não só o pé, mas a canela inteira. Na descida uma estrada de terra batida, que parecia um deserto tamanho era o sol que estava a pino nessa hora. Um pouco depois disso, chega-se ao último posto de troca. Em todos encontrei pessoas que corriam em equipe que ainda estavam esperando um colega seu passar. Não dessa vez! Quando cheguei lá, tive a certeza que eu era o último colocado e ainda faltava ¼ de prova.

Nesse último trecho a prova seguia pela areia fofa da Praia de Manguinhos. Não bastava a areia estar fofa, a maré tinha subido e era impossível correr sem colocar o pé na água. Agora era só costear. Ao longe era possível ver o costão de pedras que teria que chegar. Demorei um pouco, mas cheguei lá. Mas como não tinha muita sinalização, eu às vezes perguntava se a corrida tinha passado por lá. Numa dessas escutei uma resposta que me fez rir: “Passou! Mas faz tempo!” Pelo menos eu estava no caminho certo. Ao chegar no costão, encontro com o Diretor da Prova, que estava lá, para acompanhar o último colocado.

Fui com ele até a praia da Tartaruga, pegamos um trilha e ele me deixou no km40, pois ele precisava pegar o carro. Agora só faltavam 2,195km e não tinha mais areia. Era só paralelepípedo, asfalto e pedras. Mas as pedras ficavam na linha de chegada.

Quando estava chegando na Rua das Pedras, encontro umas amigas da equipe que me oferecem cerveja. Estava doido por uma, mas quis correr que nem um louco para a linha de chegada. Dei o famoso sprint final e cruzei a linha de chegada de mãos dadas com 2 amigos meus. Tive a honra de cruzar a linha de chegada ao som do Tema da Vitória, que embalou muitas vitórias do Senna. Eu não estava ganhando a corrida, mas chegar ao final de uma corrida como essas foi uma vitória e tanto. Foram 7h de muito suor, muita luta e muita vitória. A corrida valeu, e muito!

Que venha Curitiba!!!

Deixo aqui meus agradecimentos a todos da Equipe Run4Fun, que é a minha equipe, a todos da Street Runners, que me acolherem muito bem, e a todos meus amigos do Marathon Maniacs. Foi muito bom correr essa ao lado de vocês!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novembro, o mês das Maratonas!

Entramos em Novembro!

Além de ser o mês do viradão esportivo qui no Rio de Janeiro, é o mês das Maratonas. Farei 2 Maratonas e 1 Ultramaratona.

A primeira Maratona será em Búzios, dia 15. Será uma corrida cross-country, ao estilo de Bombinhas e Praias e Trilhas. Parece ser bem mais fácil, mas isso só poderei saber na hora.

A segunda será a Maratona de Curitiba. Dia 22 irei correr os 42.195m na capital paranaense. É considerada a Maratona de Rua mais difícil do Brasil, devido ao percurso.

E para finalizar o mês farei pela 2ª vez a Ultra Rio 24h, na Escola Naval. Essa foi a minha primeira Ultra da minha vida e foi uma preparação para a BR217 desse ano. Nesse ano não será diferente. Ela servirá de treino para a BR217 do ano que vem. Ao invés de correr em Trio, correrei a BR em Dupla. 2 pessoas, 217km, 48h, tudo isso na Serra da Mantiqueira.

Quanto ao Viradão Esportivo, ficarei de fora, pois quero relaxar um pouco das corridas. Já foram 20 somente esse ano, e ainda faltam 2 meses do ano. Por enquento a média foi de 1 corrida a cada 15 dias.

Bom treinos a todos!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O dia que perdi e não levei!!!

Sim, a frase está certa! Vou explicar:

O Desafio Praias e Trilhas é a única prova que conheço que dá um troféu para o último. Faz isso devido à dificuldade da prova. É uma forma de reconhecimento aquele que lutou muito para chegar.

Cada dia tinha como tempo limite 10h30min. Considerando o tempo limite oficial, eu fui o último colocado, fazendo o primeiro dia em 9h27, sendo o antepenúltimo. Todos completaram dentro do tempo o primeiro dia. Já no segundo dia, depois de mim chegaram mais 3 pessoas. Tirando o último, todos tinham ficado antes de mim no primeiro dia, e não consegui tirar a diferença de tempo. Só que o último fez o tempo de 11h12min.

Esse último não foi desclassificado pela organização e acabou ganhando o troféu “Demorei, mas cheguei!” Não sei isso foi bom ou ruim para mim. Lógico que gostaria de levar um troféu para casa, mas não o de último colocado.

Mas no final das contas fui sorteado e ganhei uma vaga na Volta a Ilha de 2010! Vaga essa prontamente cedida à minha equipe, a Run4Fun!

Pela primeira vez cheguei em último numa corrida! Esse foi o resultado oficial, levando em conta o regulamento da prova. Mas não seria justo com a pessoa que sofreu horrores para terminar, desclassificá-la depois de chegar. Concordo com a atitude da organização...

Outros troféus virão! Só espero que não sejam de último.

Mesmo sendo o último, essa corrida foi FANTÁSTICA!! Ano que vem tem mais!

Por sinal, ano que vem promete! Mais detalhes em breve...