terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Um balanço de 2009

Mais um ano se passou! Desde que comecei a correr, em 2000, esse foi o melhor ano de todos...

O ano começou com a tradicional Corrida de São Sebastião, mas foi uma corrida só para cumprir tabela. Fiz mais por causa da tradição da corrida, já que foi minha primeira 10k da vida, em 2004. O motivo para fazer a SS burocrática foi o que aconteceria 3 dias depois: BR 217, uma Ultramaratona de revezamento. Mas como éramos em 3, cada um teria que correr uma média de 72,33km. Acabei correndo 71,74k. Não foi minha primeira Ultra, mas foi a que primeiro me inscrevi. Ela gerou todas as outras que fiz, a primeira em Novembro de 2008. Durante essa corrida duas amizades cresceram bastante: Alexandre e Peter! Devo a eles meu ingresso no mundo das Ultras, e devo ao Marcio Villar meu treinamento para isso... Carlos foi um super amigo, que encarou como poucos o desafio de ser apoio durante a corrida. E deu show.

Depois da BR, nada mais natural que um descanso. Só voltei às competições em Março, com o Circuito das Estações da Adidas. O mesmo se repetiu em Julho, Novembro e Dezembro. Na última eu bati meu recorde, fazendo meu primeiro 10k sub 50’ (49’59”). Essa corrida é a mais cheia aqui no Rio, só perdendo para a Meia Internacional. Pra mim já deu, não pretendo fazê-la em 2010.

Ainda em Março, fiz pela segunda vez a Corrida do Corpo de Intendentes da Marinha, uma corrida de 6k, onde bati meu recorde oficial dos 6k, com 30’11”. Abril foi quando finalmente entrei para uma acessoria de corrida. Escolhi a Run4Fun e tive o prazer de ter não só um treinador, como um amigo: Manuel Lago, um grande parceiro de corridas longas. Em abril também teve a Corrida Claro Rio em Movimento, de 8k, dentro do Jockey Club do Rio de Janeiro, na pista de cavalo!

Quatro dias depois era hora de cair na estrada de novo com o Alexandre. Rumamos para São Paulo, para correr a Meia Maratona da Corpore. Um mês depois era hora de fazer novamente a Eco Run, mais uma das várias corridas de 10k que existem no Rio.

Em meados de maio resolvi fazer mais uma Meia. E não é que essa foi a minha melhor? Bati mais um recorde na Meia Maratona da Barra, fazendo ela abaixo de 2h (01h54’43”). Ainda em Maio corri onde estudo, fiz a Volta da UFRJ e tive o prazer de correr com um grande amigo de infância (Pulga) e meu orientador (Chico).

Uma semana depois fiz o que tornou a minha grande paixão: uma MARATONA. Até então só tinha corrido 2, uma em 2003 e outra em 2008, ambas no Rio. Dessa vez fui para São Paulo, novamente com o Alexandre. Foi meu recorde, mas ele foi batido logo em seguida, pois tinha escolhido fazer a Maratona do Rio um mês depois. E essa decisão acabou me fazendo tentar entrar para o Marathon Maniacs.

Antes da Maratona do Rio tinha uma 10 Milhas (16,09k), onde novamente bati meu recorde: 1h28’29”.

Na Maratona do Rio, realizada em Junho, encontrei pela primeira vez com os Marathon Maniacs brasileiros, mas eu ainda não era um. Essa foi a minha melhor Maratona, com 4h47’08”. O tempo ainda está alto, podendo, e devendo, ser baixado em 2010.

Em Julho só a já citada da Adidas. Chegou Agosto, meu mês preferido, já que nasci nele em 1983. Abri o mês com uma corrida de 10k na areia da Barra da Tijuca, mas o melhor do mês estava por vir: K42 de Bombinhas. Fui para SC correr minha terceira Maratona do ano, o que me credenciava ao Marathon Maniacs. Lá minha amizade com os MMs brasileiros aumentou. Pensa que foi fácil? Era uma Maratona em trilhas e praias.

Acabou Agosto? Nada disso! Ainda tinha mais uma Ultra de Revezamento em Trio, em São Francisco do Sul – SC, mas nessa a distância percorrida por cada corredor não passava dos 42k, já que era uma Ultra de 90k, mas foi uma experiência única, pois tive o prazer de correr com dois grandes corredores da minha equipe: Manuel Lago, já citado, e Breno.

No primeiro domingo de Setembro, uma semana depois de São Chico, era vez da tradicional Meia Maratona do Rio, onde tive o prazer de correr com grandes amigos que fiz nas corridas. Mas o melhor de Setembro viria uma semana depois: fui aceito para correr com Dean Karnazes, um dos meus ídolos na corrida. Fui pela terceira vez para SP correr 24h com ele. Ele correu 150k, eu consegui acompanhá-lo durante a metade, somando 75k. O cara é fantástico, minha admiração por ele só aumentou...

Depois do Desafio Dean Karnazes, teve o Desafio Praias e Trilhas, ocorrido no final de Outubro, novamente em SC. Dessa vez fui para Florianópolis correr 84k, sendo uma Maratona por dia, e como no nome diz foram inteiramente em praias e trilhas. Foi muito difícil, mas pela primeira vez na vida me senti superando meus limites... Novamente quem me acompanhou nessa foi o Manel.

Novembro foi inteiramente destinado às Maratonas e Ultras. Resolvi fazer 3 corridas no mês: 2 Maratonas e uma Ultra de 24h. A primeira Maratona foi em Búzios, balneário fluminense. Concluí a corrida no limite do tempo. A dificuldade maior era por ser uma corrida cross-country. Uma semana depois rumei para Curitiba, fazer a Maratona de lá. Quase bati meu recorde, mas como caiu uma tempestade, meu tempo foi atrapalhado. Em cada maratona que eu ia, lá encontrava vários amigos de vários estados, na sua grande maioria MMs como eu. Mas a maior corrida que já fiz aconteceu uma semana depois. Resolvi encarar pela segunda vez a Ultra Rio 24h e pela primeira vez na vida consegui ultrapassar a barreira dos 100k. Concluí as 24h com 103,6k.

Ainda faltava um mês para acabar o ano e resolvi pegar leve. Fiz duas corridas: a já citada corrida da Adidas e a Subida do Cristo. Essa foi uma corrida de confraternização, onde não importava o tempo e sim o entrosamento entre os amigos corredores. Essa foi a 25ª corrida do ano e também a última.

Por mais que tenha feito mais corridas de 10k do que Maratonas, considero esse como o meu ano das Maratonas. Somando as Maratonas com as Ultras, as corridas de longa distância ganham da 10k de 9x8.

2009 foi um ano perfeito! E o melhor de tudo é que 2010 promete ser um ano ainda melhor, pois marcará minha estréia em provas internacionais, mas isso é assunto para um post futuro.

Segue uma tabela resumo do que fiz em 2009!

Distância - Quntidade

10k - 8
Maratona - 5
Ultramaratona - 4
Meia Maratona - 3
30k (90k em Trio) - 1
10 milhas - 1
12k - 1
8k - 1
6k - 1

Muito obrigado a todos os amigos que me acompanharam nessa jornada em 2009. Que tenham um 2010 maravilho! Nos vemos nas corridas por aí!

Em 2010 comemoro 10 anos de corrida!

Um forte abraço,

Rodrigo Damasceno

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Meu primeiro sub 50'!


Maníaco que é maníaco corre de tudo! Sou um Marathon Maniac, mas também adoro correr provas de 10k!

E esse domingo não foi diferente. Uma semana depois lá estava eu novamente no Aterro do Flamengo para mais uma 10k.

Dessa vez foi a Etapa Verão do Circuito das Estações Adidas. E dessa vez consegui fazer meu recorde na distância! Consegui correr os 10k em 49'59"! Foi a primeira vez que baixei dos 50', o que para mim é maravilhoso. E pensar que fiz minha primeira em 1h08'. Agora já baixei o tempo em quase 20min e algo me diz que posso baixar ainda mais...

Meu objetivo inicial era só completar a prova, mas ao longo da mesma, mudei o foco e tentei quebrar meu recorde, de 51min. Faltando 500m vi que iria fechar com 50'25", resolvi acelerar para tentar tirar esses 25" nos 500m. Não só consegui, como tirei mais 1".

Foi ótimo! 2 alegrias na corrida em 1 semana. Primeiro rompi a barreira dos 100k e depois a dos 50'. Qual vai ser a próxima barreira a ser quebrada? 150k? 45'?

Nos vemos na próxima corrida!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Meus sinceros agradecimentos!!!

Disse que faria isso até o fim da semana e estou fazendo! Gostaria de citar aqui todos que me ajudaram direta ou indiretamente nessa corrida.

Primeiramente gostaria de citar que pela primeira vez desde que comecei a correr, minha família compareceu em peso. Primeiro foi meu irmão, juntamente com a sua noiva, depois veio a minha mãe e o meu padrasto. E por último, mas não menos importante, veio o meu pai e a sua namorada. Nunca tive a presença de mais de um da minha família.

Desde abril desse ano eu entrei para a Run4Fun e se teve alguém que me apoiou em todas as minhas maluquices, esse alguém foi meu treinador Manuel Lago. Não só me apóia como muitas vezes corre comigo. Dessa vez ele foi lá, única e exclusivamente para me apoiar! Ele, Paulinho (outro treinador da Run4Fun, que também me apóia nas minhas maluquices) e a Luiza. Juntamente com a Run4Fun, a Street Runners me adotou, e me ajuda nos treinos. O Robson, treinador da equipe foi lá me ver junto com a Ana, a Lydia e o Vitão. Valeu Família Run4Fun e Street Runners.

Quem sempre me apoiou desde a minha inscrição da minha primeira Ultra foi o Marcio Villar, grande ultramaratonista brasileiro. Tive a honra de ser apoiado por ele. Junto com ele estava o Peter, meu parceiro de BR217. Grande Peter, fazia tempo que não nos víamos, mas nunca é tarde! Só faltou o Alexandre, mas ele não pode ir por um motivo muito justo, Sei que você estava pensando sempre nessa corrida! Valeu meu camarada!

Meus amigos Rodriguinho, Dungó e Rafael Lisboa foram me fazer uma visita. Não uma, mas duas vezes. Foram ao longo do dia e depois na chegada. Foi muito bom encontrá-los nessa prova duríssima.

O que dizer da Juliana, amiga de Curitiba, que ia correr a 10k do Rio no domingo e que me ajudou durante quase às 24h? Só posso dizer: MUITO OBRIGADO!

E só citei os que foram lá me ver! Pois muitos outros estavam lá e foram essenciais para a minha corrida.

Meu amigos Marathon Maniacs Hideaki, João Gabbardo, Nishi, Lu, Sant’ana Alberto e Elisete. Além do futuro Marathon Maniac Jorge Cerqueira, que toda hora me ligava para conversar sobre essa prova.

Tive o prazer de conhecer o Carlos Dias, que cruzou o Estados Unidos de costa a costa, somando mais de 5.000km! Uma simpatia...

Ana Levada! O que dizer dessa senhora paulistana, que acha que SP é melhor do que o RJ? É uma figura! A gente sempre se diverte “brigando”, fazendo com que os outros achem que é briga é de verdade! Lucina e Tomiko, a determinação de vocês me faz querer correr sempre mais...

Mario Lacerda e Eliana, o casal BR135, que estão sempre juntos durante a corrida! Até porque é mais fácil encontrar o Mario conversando com alguém, fazendo propaganda da corrida dele, ou mesmo fora da pista, do que correndo! Nesse ano consegui correr mais que ele! Só dessa vez!

Moacyr, o cara responsável pela edição do segundo livro do Dean Karnazes, que tive o prazer de conhecer durante a mesma corrida ano passado. Dessa vez ele estava apoiando um pessoal, e não deixou de me ajudar em momentos importantes da prova.

Herói Fung e Sergio Cordeiro, esses dois eu sempre admirei e tive o prazer de receber uma massagem de cada. O primeiro destravou o meu joelho e a minha coluna. O segundo me fez conseguir correr muito bem as últimas 2h. Vocês me salvaram.

Valeu André pela presença e pela força! Foi bom reencontrá-lo. Valeu Bonatto, foi um prazer encontrá-lo, mesmo que fora da prova. Parabéns pelo desafio Foz do Iguaçu Curitiba! Você é fera...
Seabra! Não é qualquer um que consegue correr 1.000km em 1 ano! Ainda estou longe disso. Parabéns! Falei que iria comemorar com você na linha de chegada e fiz isso.

Sylvia, a índia maluca, sempre dando uma força durante a prova! Se bem que tinha horas que ela estava doidinha, doidinha! Te adoro! Muito obrigado por tudo

Mônica Otero! Alexei! Emerson! Eu adoro reencontrá-los, e ter o prazer de correr junto com os 3 uma prova é um honra.

Ainda dividi a pista com o Da Guia, Luciano Prado, Débora Simas, Daniel Meyer, Jarom, Vanderley, Denise, Farinazzo, Milton Mizumoto, Maria Rita! Só fera! Mil perdões se esqueci alguém!

Isso só citando os que foram lá! Ainda tem um montão de gente que ficou torcendo de casa! Muito obrigado a todos. Vocês são fantásticos.

Valeu Corpore e Fuzileiros Navais pela organização primorosa!

Até a próxima!!

OBS: se ainda não leram o relato da prova, não deixe de fazer! E deixe um comentário!

OBS 2: sei que esqueci de alguém! Pode puxar minha orelha! Colocarei aqui a retificação.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

II Ultra Rio 24h dos Fuzileiros Navais - Minha maior e melhor prova! Sem comparação...

Esse fim de semana foi simplesmente maravilhoso! O que dizer de uma corrida que começa às 10h da manhã de um sábado e acaba às 10h da manhã de domingo? Nesse tipo de prova há os campeões, que são aqueles que rodam as maiores distâncias, e os vencedores. Todos são vencedores ao participar de uma prova dessas, independe da distância percorrida. O simples fato de ter se inscrito numa prova dessa já demonstra que você tem coragem.

E foi com essa coragem que na véspera da corrida me dirigi para a Escola Naval, local da prova e também do alojamento. Mesmo eu sendo do Rio, resolvi me alojar pela logística. Era mais fácil acordar no local da corrida do que ter que pegar um ônibus no sábado de manhã. Ao chegar lá, descubro que o alojamento seria um contêiner climatizado! Adorei a novidade! Teve quem se achasse uma sardinha em lata!

No começo da noite somos transportados da ilha de Villegagnon para a ilha das Cobras, local do Congresso Técnico e jantar de massas. Lá eles mostram um gráfico onde se vê que o número de inscritos saltou de 49 no ano passado (eu participei), para 160, com mais 30 na fila de espera. Após o congresso técnico o jantar e após o jantar, cama! Nunca tinha dormido dentro de um contêiner, talvez essa seja a minha única vez!
Meu alojamento

Às 6h da manhã de sábado eu já estava de pé. Resolvo tomar meu banho pré-prova e vou tomar o café da manhã! Pego o meu kit que vem com várias novidades. O boné é ao estilo legionário e ganhamos também aquecedores de pés e braços, semelhante ao que o Marílson usa em NY. Quem dera fizesse um tempo para usar. A previsão era de tempo quente com pouca chuva.

Na hora da largada estava chovendo, mas muito pouco. Cinco minutos antes da largada é tocado o hino nacional e às 10h em ponto começamos a correr. Agora era ter cabeça para agüentar 24h dando voltas numa pista de 400m. Meu recorde do ano passado e também minha única participação em provas do gênero era de 82km, ou 205 voltas. Minha meta era chegar nas 250 voltas, o que dá um total de 100km.

Encontrei vários amigos durante às 24h, uns dentro da pista e muitos fora dela. Não vou citar nesse post para que ele não fique muito grande, farei um exclusivo de citação/agradecimento. Prometo fazer ainda essa semana. Essa corrida de 24h promete vários posts.

Na primeira hora de prova consegui dar 22 voltas o que me colocou com uma velocidade inicial média de 8,8km/h. Algo lento comparado com uma corrida de 10k, mas muito rápido para mim, no que diz a manter por 24h. Na hora seguinte reduzi o ritmo para 16 voltas ou 6,4km/h. Nessas 2 primeira horas eu tracei a minha estratégia. Iria ficar na pista por 3 horas, depois faria uma massagem. A cada 3h também trocaria a camisa e a cada 12h trocaria de bermuda. (na verdade eu tinha levado 3 bermudas, mas só descobri lá que uma estava furada, então a troca que seria a cada 8h teve que ser adiada por 4h,e só foi uma troca). A estratégia da blusa também foi mudada. Comecei com a do Marathon Maniacs. Com 3h mudei para a regata da Run4Fun, minha equipe. Com 12h mudei para a outra regata da Run4Fun e a partir daí não troquei mais! Todas vez que trocava, eu dava 2 voltas e a camisa já estava encharcada, logo as trocas eram inúteis. Estava muito calor!



Ao final de 12h de corrida eu estava com 62km percorridos, 20k a menos do meu recorde e 38 do meu objetivo. Ou seja, era só ter cabeça e perna que eu conseguiria concluí-lo. Mais do que perna, eu teria que ter joelho! O meu estava doendo desde às 4 ou 5h de prova. No total eu tomei 2 anti-inflamatórios e fiz várias massagens para que a dor passasse. Com o tempo fui me acostumando com ela. Hoje, 2 dias depois da corrida, meu joelho está quase 100%. Aparentemente não foi nenhuma lesão. Vamos ver como ele vai ficar!

Fazendo massagem e careta!

Com 16h de prova, ou seja às 2h da manhã, meu corpo estava pedindo pelo amor de Deus por um descanso. Tinha prometido para mim mesmo que só iria dormir em último caso e esse caso tinha chegado. Eu estava com tanto sono que fechava os olhos nas retas e só abria nas curvas. Quase saí da pista com isso uma vez. Era hora de parar! Total percorrido: 76,8k, cada vez mais perto do meu recorde e da minha meta! Fui para o alojamento e exatamente 1h depois eu estava de volta à pista! Foi só nessa hora que eu troquei de bermuda! Minha estratégia de roupa já tinha ido toda para o buraco, mas a estratégia de paradas para massagem estava de pé ainda!





Continuo correndo e meu recorde vai se aproximando. Cruzo a 206ª volta às 4h40’40”! Essa foi a hora exata da quebra do meu recorde! Avisei para o locutor e ele prontamente falou isso para que todos ouvissem, mas avisei a ele que a meta eram os 100k e ele disse que esperaria que eu alcançasse a meta para fazer uma festa maior.

Pela primeira vez fiz as contas e vi que precisava correr 8 voltas por hora. Não era uma meta difícil, mas também não é fácil fazer isso depois de 19h de prova. Na primeira volta eu corro 7 voltas, na segunda eu também corro as 7 voltas. Precisava então correr ao menos 10 para que eu conseguisse voltar à média. Na terceira hora consegui correr 12 voltas. Fiz as contas novamente e vi que só restavam 14 voltas para que eu alcançasse minha meta! Teria que correr 7 voltas por hora. Era uma meta fácil, mas eu não queria correr o risco de não conseguir. O que fiz? Resolvi correr essa hora feito um louco!

Dentro da penúltima hora de corrida, mais precisamente às 8h53’35” eu dei a volta de número 249. Avisei ao locutor que faltava uma e lá foi ele narrando a minha volta, como se eu estivesse ganhando a corria e essa fosse a última volta a ser completada. Meus amigos me aplaudiam e me senti o maior vencedor dentro daquela pista! Pessoas que não me conheciam até a véspera estava comemorando muito! Eu estava muito feliz! Aquele era o meu momento! Fiz a volta em 2’31”, algo muito rápido para o meu joelho, mas ele não deu nenhum pio... Às 8h56’07” meu objetivo tinha sido alcançado! Entre às 8h e às 9h dei 15 voltas na pista, número esse só menor que os das 2 primeiras horas de prova. Sei que correr 6km em uma hora é algo fácil, mas numa prova de 24h é bem difícil, ainda mais na 23ªh.

Na última hora foram 7 voltas bem burocráticas, o que me deixou com um total de 259 voltas corridas, o que é igual a 103,6km percorridos. Um recorde pessoal! Mais de 20k acima do recorde anterior.

A prova acaba com muita festa pontualmente às 10h da manhã de domingo! Todos recebem suas medalhas! Todos são vencedores! Há uma grande confraternização dos corredores. Depois tem inicio à cerimônia de premiação e ao final dela, como ninguém é de ferro, é a hora de descansar. Vou para casa dormir, coisa que não fiz direito por mais de 24h. saí da Escola Naval com a alma lavada e me sentindo a pessoa mais realizada do mundo! Muitas pessoas chegaram na minha frente, mas eu não estava nem aí para isso! Muitas outras também chegaram atrás de mim, e eu também não estava nem aí para isso! Sei que todos estavam se sentindo vitoriosos! E isso não tem dinheiro nenhum no mundo que pague!

Com a merecida medalha!


Adoro tirar fotos assim!

Muitos não entendem porque corro essas provas longas! O dia que sentirem o que eu sinto ao final de uma prova onde me superei, vão entender e nunca mais vão perguntar!
Regendo a Orquestra depois da minha vitória!

Nesse fim de semana eu me realizei! Torço para que todos consigam se realizar ao menos uma vez na vida! É muito bom!

Abraços e até o próximo relato,

Rodrigo Damasceno

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Maratona de Curitiba 2009 - Minha 5ª Maratona esse ano...

Chegou a vez de Curitiba! A capital paranaense foi palco da minha última Maratona do ano! Cheguei na sexta dia 20 (feriado no Rio, mas não em Curitiba) e fui direto para o hostel. Pela primeira vez na minha vida fiquei num albergue, e adorei! É mais barato e mais divertido, não tem o isolamento de um hotel.

Dei uma passeada pela cidade a pé, e depois fui pegar meu kit. Já na entrega encontrei alguns amigos, como o Alberto, Nilson, Ésio e o Hideaki. Depois encontrei com a minha amiga de Curitiba, Juliana, que me levou para conhecer a cidade. Na própria sexta fui numa churrascaria e numa casa de samba, curtir um pouquinho a noite curitibana. Já no sábado foi a vez de fazer um city tour. Conheci o Parque Birigui, o Museu Oscar Niemeyer )Museu do Olho), a Ópera de Arame e o Jardim Botânico. De noite foi a vez de um jantar no mega restaurante Madalosso, que tem capacidade para 5.000 pessoas, mais do que a lotação da corrida! Valeu Tuco! Foi muito bom ter te conhecido pessoalmente. No jantar estavam a Juliana, Hideaki, João e Sabine. E também mais um montão de gente que conheci naquele dia.

Ao sair de lá, ainda parei no centro para ver o Coral do HSBC. Pra quem não conhece, é um coral lindo que fica num prédio antigo, onde fica uma criança por janela, cantado músicas de Natal. Fim do turismo! Era hora de descansar.

Às 6h do domingo 22 já estava eu de pé, me arrumando para a corrida. Fiz o check-out e às 6h30 eu já estava a caminho da largada. Chegando lá, tirei algumas fotos, encontrei com os Corredores de Rua de Curitib@, encontrei alguns MMs e esperei a largada feminina da Maratona. Elas largaram 30min antes. Não só a elite, como todas as mulheres que correram! Depois era a vez dos homens e só depois era a vez do pessoal que correria os 10k e os caminhantes. Isso foi excelente e deve ser copiado pelas demais corridas, principalmente a Maratona de São Paulo e o Circuito das Estações Adidas.

A minha largada foi dada pontualmente às 8h. Logo na saída encontro o Pingüim e o Ésio. Vou com o Ésio por mais ou menos 1km. Já o Pingüim é impossível de acompanhar, pois ele dá uns tiros, para, tira foto, volta a correr, para, tira foto de novo, etc... Ele tirou umas fotos minhas que devem ter ficado muito boas! Depois quero ver todas!!!

Como menos de 5km já passamos pelo primeiro ponto turístico, o Museu do Olho, que eu tinha conhecido na véspera! Visto da rua, durante uma Maratona, ele é ainda mais bonito! Niemeyer é realmente um gênio!

No km18 encontrei o Alexei, da Nova Equipe de São Paulo. Fomos juntos até o km30. Foi uma excelente companhia por esses 12km. Conversamos muito sobre as maluquices que fazemos e faremos. Mais um que encontrarei no Rio, nas 24h.

Outra pessoa que encontrei na corrida foi a minha querida amiga Eliste, parceira do K42 de Bombinhas. Fizemos alguns pedaços juntos, mas não muitos. A primeira vez que nos cruzamos foi no km32.

Foi mais ou menos nessa hora que o tempo virou! O tempo estava quente e abafado, e ficou frio e com rajadas de vento. Começou a cair uma chuva fina, que logo se transformou num temporal. Se fosse só a chuvinha, seria maravilhoso, mas com a tempestade era difícil correr direito. O tênis logo ficou ensopado,e para piorar o vento e a força da água era tão forte que doía quando encostava nas costas. Se viesse de frente seria impossível continuar... Isso durou por mais ou menos uns 5km, que logicamente foram os 5k mais lentos de toda a corrida.

Com o fim da chuva e a proximidade do fim, será hora do sprint final. Tinha dado uma pequena caminhada no km35 e já estava de volta a toda. Agora nada me parava, nem a famosa e temida “dor do lado” poderia me impedir de chegar. Depois de passar a placa do km40, eu comecei o meu sprint final. Passei pelo Passeio Público a toda e seguia. Essa hora foi boa, pois passei um montão de gente, e não fui ultrapassado por ninguém. Encontrei várias pessoas que me deram apoio e tiraram fotos de mim. Era só correr para o abraço! Cruzei a linha de chegada com 4h58’28”. Fiz um minuto a mais do que meu recorde pessoal. Mas levando em consideração os acontecimentos climáticos, foi um resultado excelente, que certamente será batido ano que vem.

Curitiba tem uma Maratona dificílima, com muitas subidas e descidas. Sem cair uma tempestade ela já é difícil, caindo então, fica uma prova muito dura. Não basta correr 42.195m, subindo e descendo, tem que sofrer também com muita água nas costas e sol no início da corrida. Tem que ser sofrido...

Foi muito bom rever toda a galera. Muito obrigado a todos em especial para a minha amiga Juliana, que foi minha guia na cidade. Nunca tinha ido lá, e agora conheço mais do que muita gente.

Que venham às 24h do Rio, nesse próximo fim de semana!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

1ª Maratona Cross Country de Búzios

Sou carioca, e nunca tinha sequer visitado a linda cidade de Armação dos Búzios, conhecida mundialmente somente por Búzios, graças à famosíssima Brigitte Bardot. Resolvi conhecer Búzios durante o fim de semana do feriado da Proclamação da República, justamente quando aconteceria a 1ª Maratona Cross Country de Búzios.

Sexta feira, dia 13 de Novembro, encontro com a minha equipe na orla do Leme e parto de carro para Búzios. Algumas horas depois, já estou na Rua das Pedras, com alguns amigos corredores conversando sobre o que nos esperava dois dias depois.



Na orla Bardot


Sábado era dia de pegar o kit e curtir a praia da Azedinha, uma praia escondida e pequena, que só se chega a pé. Lá encontrei um amigo meu de infância que me apresentou uma máquina fotográfica à prova d’água. Tiramos algumas fotos embaixo d’água e nos despedimos. Era hora do almoço e logo depois tinha o congresso técnico.

Na saída do Congresso


Já tinha uma idéia da dificuldade da prova, mas foi no congresso que descobri que a prova seria muito difícil. E meu objetivo era somente completar, já que no outro fim de semana teria a Maratona de Curitiba. Foram anunciados postos a cada 3,5km, o que daria um bom abastecimento, fato que não se comprovou ao longo de toda a prova. Tomei coragem e fui dormir, pois a largada seria dada no dia seguinte às 7h e a prova tinha previsão de acabar às 14h, com o tempo máximo de 7h, 1h a mais do que uma Maratona “normal”.

O despertador estava programado para às 5h, mas antes disso eu já estava de pé, de banho tomado e com a roupa da corrida. Foi a maldita TPM (Tensão Pré-Maratona)! Um pouco antes das 7h lá estava eu na Rua das Pedras novamente, mas dessa vez era para correr. Encontrei grandes amigos lá, meu treinador também estava lá para correr. Um pouco depois das 7h tocaram o hino nacional, fizeram a contagem regressiva e foi dado o tiro de largada.

Eu e Manel, meu treinador


Nós, os Marathon Maniacs

Desde o início eu sabia onde era o meu lugar: no final da fila. A maioria dos competidores era de equipes de duplas e quartetos, que correm numa velocidade maior. Comecei a correr devagar. Minha previsão era de chegar na primeira metade em menos de 3h e no final em mais 3h30. Então lá fui eu, devagar e sempre. Até o primeiro posto de troca (cada um era posicionado a cada quarto de prova) foi tudo maravilhoso. Algumas subidas e descidas, mas nada assustador.

Já o segundo trecho não era tão fácil. Já no inicio tínhamos que correr numa trilha fechada, com pouca sinalização. Mas era o caminho certo, e segui a diante. Dessa vez as subidas eram grandes, e a areia das praias não era tão dura. Ou seja, foi um trecho difícil. Consegui chegar na metade da prova antes das 3h previstas. Na primeira metade passamos pelas praias da Ferradura, Geribá e Tucuns.

Correndo e hidratando!

Correndo ladeira abaixo

Correndo na praia

Como corri com a minha câmera, fui tirando fotos pelo caminho. Fiz isso também em Bombinhas, em agosto deste ano. Só que dessa vez o calor estava muito forte. A corrida foi realizada em temperaturas que beiravam os 40°. Suei muito e a câmera não agüentou. Pifou com o suor na metade da prova, justamente no ponto mais alto, logo depois de eu tirar um foto minha com a vista maravilhosa de lá. Que inveja me deu na hora que a máquina quebrou, da máquina do meu amigo. Uma à prova d’água seria a solução! Vou comprar uma!

A saideira!

Começava então a segunda e mais difícil parte da prova. O terceiro quarto da prova já começava com uma subida de 180m de altitude. Saímos do nível do mar e fomos até o topo do morro em menos de 1km. E depois disso, a vida não ficava mais fácil. A descida não era simples e estava muito quente. Mas se descia, e já era hora de subir de novo. Tínhamos que passar por um descampado, e no alto dele tinha um alagado, onde era obrigatório colocar o pé na lama. Não só o pé, mas a canela inteira. Na descida uma estrada de terra batida, que parecia um deserto tamanho era o sol que estava a pino nessa hora. Um pouco depois disso, chega-se ao último posto de troca. Em todos encontrei pessoas que corriam em equipe que ainda estavam esperando um colega seu passar. Não dessa vez! Quando cheguei lá, tive a certeza que eu era o último colocado e ainda faltava ¼ de prova.

Nesse último trecho a prova seguia pela areia fofa da Praia de Manguinhos. Não bastava a areia estar fofa, a maré tinha subido e era impossível correr sem colocar o pé na água. Agora era só costear. Ao longe era possível ver o costão de pedras que teria que chegar. Demorei um pouco, mas cheguei lá. Mas como não tinha muita sinalização, eu às vezes perguntava se a corrida tinha passado por lá. Numa dessas escutei uma resposta que me fez rir: “Passou! Mas faz tempo!” Pelo menos eu estava no caminho certo. Ao chegar no costão, encontro com o Diretor da Prova, que estava lá, para acompanhar o último colocado.

Fui com ele até a praia da Tartaruga, pegamos um trilha e ele me deixou no km40, pois ele precisava pegar o carro. Agora só faltavam 2,195km e não tinha mais areia. Era só paralelepípedo, asfalto e pedras. Mas as pedras ficavam na linha de chegada.

Quando estava chegando na Rua das Pedras, encontro umas amigas da equipe que me oferecem cerveja. Estava doido por uma, mas quis correr que nem um louco para a linha de chegada. Dei o famoso sprint final e cruzei a linha de chegada de mãos dadas com 2 amigos meus. Tive a honra de cruzar a linha de chegada ao som do Tema da Vitória, que embalou muitas vitórias do Senna. Eu não estava ganhando a corrida, mas chegar ao final de uma corrida como essas foi uma vitória e tanto. Foram 7h de muito suor, muita luta e muita vitória. A corrida valeu, e muito!

Que venha Curitiba!!!

Deixo aqui meus agradecimentos a todos da Equipe Run4Fun, que é a minha equipe, a todos da Street Runners, que me acolherem muito bem, e a todos meus amigos do Marathon Maniacs. Foi muito bom correr essa ao lado de vocês!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Novembro, o mês das Maratonas!

Entramos em Novembro!

Além de ser o mês do viradão esportivo qui no Rio de Janeiro, é o mês das Maratonas. Farei 2 Maratonas e 1 Ultramaratona.

A primeira Maratona será em Búzios, dia 15. Será uma corrida cross-country, ao estilo de Bombinhas e Praias e Trilhas. Parece ser bem mais fácil, mas isso só poderei saber na hora.

A segunda será a Maratona de Curitiba. Dia 22 irei correr os 42.195m na capital paranaense. É considerada a Maratona de Rua mais difícil do Brasil, devido ao percurso.

E para finalizar o mês farei pela 2ª vez a Ultra Rio 24h, na Escola Naval. Essa foi a minha primeira Ultra da minha vida e foi uma preparação para a BR217 desse ano. Nesse ano não será diferente. Ela servirá de treino para a BR217 do ano que vem. Ao invés de correr em Trio, correrei a BR em Dupla. 2 pessoas, 217km, 48h, tudo isso na Serra da Mantiqueira.

Quanto ao Viradão Esportivo, ficarei de fora, pois quero relaxar um pouco das corridas. Já foram 20 somente esse ano, e ainda faltam 2 meses do ano. Por enquento a média foi de 1 corrida a cada 15 dias.

Bom treinos a todos!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O dia que perdi e não levei!!!

Sim, a frase está certa! Vou explicar:

O Desafio Praias e Trilhas é a única prova que conheço que dá um troféu para o último. Faz isso devido à dificuldade da prova. É uma forma de reconhecimento aquele que lutou muito para chegar.

Cada dia tinha como tempo limite 10h30min. Considerando o tempo limite oficial, eu fui o último colocado, fazendo o primeiro dia em 9h27, sendo o antepenúltimo. Todos completaram dentro do tempo o primeiro dia. Já no segundo dia, depois de mim chegaram mais 3 pessoas. Tirando o último, todos tinham ficado antes de mim no primeiro dia, e não consegui tirar a diferença de tempo. Só que o último fez o tempo de 11h12min.

Esse último não foi desclassificado pela organização e acabou ganhando o troféu “Demorei, mas cheguei!” Não sei isso foi bom ou ruim para mim. Lógico que gostaria de levar um troféu para casa, mas não o de último colocado.

Mas no final das contas fui sorteado e ganhei uma vaga na Volta a Ilha de 2010! Vaga essa prontamente cedida à minha equipe, a Run4Fun!

Pela primeira vez cheguei em último numa corrida! Esse foi o resultado oficial, levando em conta o regulamento da prova. Mas não seria justo com a pessoa que sofreu horrores para terminar, desclassificá-la depois de chegar. Concordo com a atitude da organização...

Outros troféus virão! Só espero que não sejam de último.

Mesmo sendo o último, essa corrida foi FANTÁSTICA!! Ano que vem tem mais!

Por sinal, ano que vem promete! Mais detalhes em breve...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Desafio Prais e Trilhas 84km (Dia 2)

Depois de encarar 42km na véspera, era hora de encarar os 42k finais! Dessa vez a largada era meia hora mais cedo, mas era bem mais perto. Era simplesmente na praia em frente ao hotel, o que me deu 1h a mais de sono, sono este muito do necessário.

O despertador tocou às 5:30, tomei um banho. Arrumei minhas roupas e parti para o café da manhã. Era hora de preparar as malas, pois iríamos trocar de hotel, e cair na estrada, a pé!

Antes de largar houve novamente a checagem do material e a pesagem. Agora eu estava com 71,2kg, o que é meu peso normal para o momento, já que preciso emagrecer! Antes da 7h já estavam todos posicionados para a largada na praia.

Pontualmente às 7h a largada foi dada e ao contrário do dia anterior, a corrida dessa vez começava na areia e já seguia para um dos terrenos mais difíceis: dunas! Era impossível correr direito, preferi andar ainda no km inicial, mas assim como eu, muitos outros tomaram essa decisão. Mesmo igual aos outros, tomei a ponta novamente da corrida. Eu e mais uns éramos os últimos colocados.

Saímos das dunas e enfrentamos logo a primeira trilha, com direito a uma coisa que todo mundo odeia: costão de pedra. Mas incrivelmente estava com gás nessa hora e adorei encarar esses costão. A próxima parada era a Praia Mole, que como o nome diz é uma praia com areia muito fofa, péssima de se correr, mas não teve jeito, a corrida era obrigatória, pois à frente enfrentaríamos uma trilha muito difícil. Logo depois da praia mole passamos por uma praia de nudismo, Galheta. mas pela hora e pelo clima (estava ameaçando chover) não havia sequer um peladão a vista! Devido ao percurso difícil estávamos perto da barreira dos 10k e já tínhamos passado 2h de corrida. Pelo regulamento teríamos que chegar lá até o limite de 2h30min. Fiz as contas e teríamos que acelerar o ritmo para conseguir chegar a tempo. O que tínhamos pela frente? Trilha! E em subida! Mas seguimos. Nessa hora estava comigo a Sabine, minha companheira de maior parte desse desafio e o Rodrigo de São Paulo. Depois de um tempo na trilha seguimos só Sabine e eu!

Chegamos no km10 com 2h28min, mas descobrimos que mesmo que chegássemos com mais de 2h30 não seríamos desclassificados. Somente com mais de 3h30, mas era impossível alguém estourar esse tempo. Nessa hora além do Rodrigo, só tinham 3 ou 4 pessoas atrás da gente. Seguimos em frente numa praia de 12km de extensão. Praia essa que alternava areia mole e dura. Das 4 pessoas que estavam atrás da gente, 2 nos passaram. Mas seguíamos bravamente por aquela curva sem fim, que inicialmente parecia ser do tamanho de Copacabana e mostrou-se ser 3x maior. Essa praia maldita e ao mesmo tempo lindíssima se chama Moçambique. Não preciso nem falar o que tinha depois dessa praia, pelo visto todos que estão lendo sabem que era uma trilha! Nessa hora já estava chovendo e ventando muito, o que incomodava bastante.

Seguimos em frente e chegamos na praia do Santinho. Nessa hora, km29, resolvo correr, e a Sabine resolve andar. Então nos separamos, e segui viagem. Somente quando cheguei é que descobri que a Sabine tinha abandonado um pouco mais à frente. Fiquei muito triste, pois ela é uma pessoa que merecia ter concluído essa corrida. Se soubesse que ela desistiria, certamente não a teria deixado para trás. Mas nessa hora eu não tinha como saber...

Logo depois da Paria do Santinho é que vem a pior parte da prova. O Costão do Santinho! Um costão de pedras escorregadias com sinalização fraca. Como tinha chovido, parte da sinalização deve ter apagado, o que tornou o costão mais difícil ainda. Não sei por qual motivo resolvi encarar o costão com pressa. Mas me arrependi isso na terceira pedra, quando tomei um senhor tombo que quase me jogou na água. Aprendi com o meu erro e vou calmamente pelas pedras molhas e escorregadias. Em certas horas era difícil de se equilibrar. Tinha pedra com limo e devíamos subir por ela. Pela primeira vez durante uma corrida fiquei com medo de morrer! No meio das pedras consigo ultrapassar o Rodrigo, na verdade ele me deu passagem, pois se ele não fizesse isso, seria impossível ultrapassar. Pela primeira vez na minha vida faço 1km em mais de 30min, alho que nem engatinhando se consegue. E detalhe: EU ESTAVA NUMA CORRIDA!!!

Pois bem, o costão/trilha acabou e chegamos na Praia dos Ingleses. Encaro a praia até a metade e sigo para uma rua asfaltada! Nem acreditei quando isso aconteceu! Mas o que é bom dura pouco. Logo em seguida já entrávamos numa trilha. Nessa trilha encontro 2 bois e uma vaca, e a vaca estava justamente na passagem. Ou seja, era preciso espantar a vaca. Nessa hora eu estava acompanhado pelo Flávio de Brasília. Sigo com ele até a praia seguinte, Brava, mas como ele estava com dores na perna, resolvo seguir a diante. Agora só faltavam 2 praias e 1 trilha.

Encaro a trilhas o mais depressa que consigo, mas isso não deve ser considerado algo como muito rápido. Ao final da trilha chego na praia final. Começo a correr que nem um louco, avisto uma festa infantil e acho que é a chegada. Pena que não era, pois estava muito perto! Logo depois avisto a chegada de verdade e um corredor na minha frente, mas ele estava longe o suficiente para ser impossível passá-lo. Sigo no ritmo máximo, e completo o segundo dia com 9h31min, apenas um pouco acima do dia anterior. Completo o desafio dos 84km com 18h58min.

Agora era hora de descansar, tomar banho e assistir a premiação.

Até o próximo relato!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Desafio Praias e Trilhas 84km (Dia 1)

O que falar dessa corrida? Ela faz juz ao nome em tudo: DESAFIO, pois é absurdamente difícil, PRAIAS, muita areia pela frente e TRILHAS, das mais difícies que já fiz.

Essa foi sem sombra de dúvidas a prova mais difícil que já enfrentei. O fato de ter um descanso no meio, entre 2 Maratonas, só piora as coisas, pois dá tempo do seu corpo reclamar! E como ele reclama!!!

São dois dias de loucura. O primeiro sai do Sul da ilha de Florianópolis. Para se ter uma idéia, saímos da chegada para a largada de ônibus e demorou muito. Imagina fazer isso correndo em areia e trilha? Nunca acordei tão cedo para correr. Às 4:30 eu já estava de pé, e às 5:30 já estava no ônibus para a largada que seria dada somente 2h depois. Ainda na largada, fomos pesados, e verificaram todo o equipamento obrigatório (1L de água, 1 cobertor de emergência, atadura e apito). Sim, além de tudo tem que correr 2 dias carregando isso numa mochila, no meu caso! E ao invés de levar 1L eu levei 2. Além desses materiais que deveriam ser trazidos, ainda tinha um copinho para a nossa hidratação nos postos, que deveria ser levado preso por um chaveiro. Tudo para a ajudar na logística, mas para atrapalhar a corrida.

Às 7:30 é dada a largada e desde o início ocupo a ponta da corrida! A ponta de trás da corrida, diga-se de passagem. Eu e mais alguns formamos o pelotão final da corrida. Pelotão esse que aos poucos foi de desfazendo... Nos primeiros km vou na companhia da Sabine, amiga e Marathon Maniac de Porto Alegre e também do Seabra, amigo e concluinte da BR135 Solo desse ano, e atual membro do comitê de escolha dos atletas. Vamos juntos nos primeiros km no asfalto, algo que seria raro nessa corrida, e também durante boa parte da trilha! Depois de um tempo o Seabra acabou ficando para trás por conta da dificuldade da trilha. Somente no km 30 descobri que ele acabaria desistindo, fiquei triste, mas segui viagem, já que o encontrei bebendo cerveja animadamente!

Mas antes de chegar no referido km tinha muito chão pela frente. Começamos do lado oeste, mas já ao Sul da ilha. Fazemos a volta e a partir de então a corrida vai toda vida para o norte. Primeiro passamos pela a praia dos Naufragados, Solidão, Açores, Pântano do Sul, Lagoinha do Leste, Matadeiro, Armação, Morro das Pedras, Campeche e Joaquina, a praia final e a linha de chegada do primeiro dia. Parece fácil, mas cada praia dessas tinha uma surpresinha ao final: uma trilha muito difícil! E numa dessa trilha tínhamos que encarar um costão de pedras, justamente no local chamado de Matadeiro! Muito justo o nome né?

No km27 me despeço da Sabine, pois eu precisava ficar mais tempo no posto de reabastecimento para comer e reabastecer de água para os próximos 15km só de areia. Ela saiu uma 5 a 10 min na minha frente. A partir de então passa a ser uma corrida sozinho, sem companhia. E eu precisava de companhia para me puxar. Já no final da primeira praia pós km27 (Armação), sinto uma forte contratura na coxa direita que quase me fez cair. Tento alongar e o mesmo acontece na perna esquerda. Jogo quase metade da minha água nas pernas e sigo viagem. No início da outra praia (Campeche) é que encontro o Seabra na cerveja! Quanta inveja! Depois descobri que ele foi levado para lá de helicóptero... Figuraça ele!

Sigo viagem e no meio da praia, que era enorme, sinto novamente a perna. Como não tinha água suficiente para jogar nas pernas e para beber, resolvo entrar no mar para melhorar! Foi a melhor coisa que fiz. Na mesma hora passou. Passo pelo último posto de hidratação e descubro que a Sabine passou uma pessoa e está há uns 10 a 15min na minha frente. Muito bom ela ter continuado num ritmo bom para terreno. Ainda faltavam 7km e as minhas pernas! Elas não eram nada nesse pedaço.

Vou andando boa parte desses 7km, tentando trotar de vez em quando, mas as pernas pedem para andar. Já consigo ver a praia da Joaquina e o que parecia ser a linha de chegada. A praia vai se aproximando, mas a linha de chegada estava um pouco mais a frente do que parecia. Quando finalmente entro na praia da Joaquina, com sua areia dura, resolvo correr rápido! Vou chegando perto e já começo a ouvir e ver as pessoas gritando por mim. Na linha de chegada estava o Manel, meu treinador e 6º colocado no primeiro dia e o Alberto, amigo Marathon Maniac de Campinas. Nisso vejo o corredor que a Sabine tinha passado, longe o suficiente para cruzar a linha na minha frente. Mas eu dei uma de louco de dei um sprint final absurdo (pelo menos para a ocasião). Na linha de chegada eu o ultrapasso, chegando 1s na sua frente, pela cronometragem da prova. Cruzamos de mão dadas, mas meu pé estava ligeiramente na frente! Rs... Foi muito bom esse gás final! Mas ainda faltavam 42km no dia seguinte.

Me peso, descubro que perdi 3,6kg na corrida, me hidrato, como um pouco para forrar o estômago, depois uma massagem e um jantar! Sim já eram quase 6h da tarde quando cheguei, com 9h27’40” .

Agora era descansar e esperar o próximo dia chegar!

Mais detalhes do segundo dia e do final na corrida no próximo post! Fotos em outro post também...

Abraços

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Mais um Desafio! Agora Praias e Trilhas...


Esse fim de semana vai acontecer o Desafio Praias e Trilhas em Florianópolis! E eu vou correr!!!! Serão 84km divididos em 2 dias, o que dará uma Maratona por dia.

Estou embarcando para Floripa sexta agora e só volto pra casa na segunda. Espero fazer um post assim que possível sobre a minha experiência.

Enquanto estarei correndo, 2 eventos acontecerão: o desafio 600km SP-RJ e a Nike Human Race, no Rio. Ambos os eventos são organizados pela Nike e prometem dar o que falar!

Torçam muito por mim. Essa vai ser minha maior corrida, no que diz respeito a distância! Mas esse recorde promete ser batido mês que vem na Ultramaratona Rio 24h dos Fuzileiros Navais.

Vamos que vamos!

Abraços,

Rodrigo

OBS: desculpem a ausência durante tanto tempo! Agora as corridas longas voltaram com tudo! Até o ano que vem já tenho corrida agendada!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dean Karnazes no Rio


O melhor da semana passada certamente foi a corrida de 24h, mas a vinda do Dean ao Brasil não foi só isso. Na quarta e quinta feira, ele esteve no Rio para o lançamento do Livro “50 Maratonas em 50 Dias”, livro esse muito bem editado pela Editora Leblon.

A Maratona de Lançamento do livro começou na loja Sport for Life em Ipanema, lá por ser o evento mais vazio, foi um excelente local para conversar mais um pouco com o Dean, pedir mais um autógrafo, e tirar mais algumas fotos com ele. Depois fomos para a Livraria da Travessa, também em Ipanema. Lá, que era o evento oficial de lançamento do novo livro, estava muito cheio. Ele chegou às 19h30 e só saiu de lá perto das 23h, quando foi para a academia ProForma, para uma pequena palestra. Da livraria até a academia, ele deu uma pequena corrida e tive o prazer de correr novamente ao seu lado.


Na Sport for Life

Mais um autógrafo!

Na Travessa!

Correndo pelo Rio

Quinta era dia de Bienal. Primeiro no estande da Travessa/Embaixada dos Estados Unidos, país homenageado, depois na Saraiva. Mas o mais emocionante nessa vida do Dean ao Rio, foi o fato de ele ter me citado durante a palestra dele na Travessa, como sendo uma das pessoas que correram com ele em São Paulo. Ele inclusive lembrava quantos quilômetros eu tinha feito, que eram 75. Foi bem legal mesmo isso. Ele não precisava citar nada! Por fim fomos até a Saraiva Mega Store no New York. Tirei mais algumas fotos, conversei mais um pouco com ele!


Na Bienal

Saraiva Mega Store

Nós e a minha camisa dos Maniacs!

Dean Karnazes também é Run4Fun

Pronto, estava terminada a Maratona do Dean Karnazes no Rio de Janeiro! Depois ele foi para o hotel descansar e voou para a casa dele no dia seguinte.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

24h correndo com Dean Karnazes

O que dizer dessa semana maravilhosa? Tive o prazer de encontrar Dean Karnazes 3x numa mesma semana. E na primeira vez foi durante 24h. Essa será a primeira história que vou contar:

Sábado, 12 de Setembro de 2009

Já estava em São Paulo desde a véspera. Eram 18h30min e lá estava eu na Frutaria São Paulo, no meio do burburinho da largada, dando entrevista pra ESPN Brasil (que não foi ao ar), tirando muitas fotos com amigos e pessoas que conheci na hora, quando chega Dean Karnazes. Ele foi super atencioso com todos, tirou fotos, deu autógrafo nos livros e/ou camisas de quem pediu.

Foi nesse burburinho que conheci pessoalmente a incrível Paula Raso, gerente de marketing da The North Face, empresa responsável pelo evento.

Um pouco depois das 19h, vamos todos nos alinhar para largar. Largada essa super festiva, onde todos, inclusive o astro da noite, pareciam crianças. Todos já estavam com a pulseira azul, que correspondia ao primeiro trecho. Ao todo eram 6 trechos, e até então pretendia correr todos integralmente. Acabei correndo em todos os trechos, mas apenas o primeiro foi na totalidade. O primeiro trecho foi de 33km.

Pois bem, foi dada a largada e rumamos ao Ibirapuera. Primeiramente demos uma volta pelo lado de fora e depois entramos e fizemos um percurso completo lá dentro. Lá estava um breu e fui salvo pela lanterna de cabeça que a Paula me emprestou. Essa parte foi difícil, mas nada comparado ao que estava por vir.

Ao sair do Ibira (putz! Já estou falando que nem paulista! rs) fomos em direção ao Mercado Municipal. Ao chegar lá, chegamos ao final do primeiro trecho. Ainda faltavam 5! E ainda era meia-noite.

Após uma parada para repor energias e trocar os corredores que iriam correr apenas um trecho, fomos em direção à Praça da República. Consigo aguentar por mais uns 10km, mas um pouco depois da barreira da Maratona me canso numa subida e aceito o convite de um dos carros de apoio para me uma carona. Volto a me juntar ao grupo num Mc Donald’s, mas as pernas pedem um descanso e revolvo voltar ao carro para conseguir recuperar as forças. Sigo de carro até a Praça, lá descanso junto com o grupo. Próxima parada Avenida Paulista!!! O que foi passar por uma rave nesse trecho? A animação das pessoas era diferente, e até deram um arco com chifre para o Dean usar. E ele usou amarradão. A energia do grupo estava contagiante.

Antes de chegarmos na Av. Paulista, o dia nasceu. Foi lindo ver o dia nascer enquanto corria. Entramos na Paulista e chegamos à metade da corrida ao chegar em frente ao famoso MASP. Dessa vez a parada foi mais longa. Ao invés dos 15 min habituais, demoramos uns 45. Ao final desse descanso, seguimos viagem. A próxima parada dessa aventura seria o Parque Alfredo Volpi.

Antes de chegar lá, tinha outro Parque, o Villa Lobos. Fomos todos correr dentro desse parque que está sempre lotado e dessa vez não foi diferente. O grupo entrou no já cheio parque e roubou um pouco da atenção dos freqüentadores. Logo depois uma rua longa e cansativa, onde até o Dean reclamou. No final dessa rua, ou avenida, o Parque Alfredo Volpi. Nossa quarta e penúltima parada.

Agora já estávamos no bairro do Morumbi e o penúltimo trecho seria todo dentro do bairro, dando voltas em pleno bairro das mansões. Cada casarão lindo. Ao final desse longo trecho de subidas e descidas, chegamos ao Estádio do São Paulo, o famoso Morumbi. Lá encontramos com ninguém mais, ninguém menos que Adriano Bastos. Pois é, o hexa-campeão da Maratona da Disney e campeão da Maratona de Porto Alegre e São Paulo desse ano, e que tinha acabado de ganhar uma corrida de 8km de manhã, se juntou a nós para os derradeiros 22km.

Esse último trecho passou pela Ponte Estaiada, também teve uma parada num Mc Donald’s, o restaurante preferido do Dean nessa corrida, e teve muita subida e descida, como tudo em São Paulo. Eita cidade cheia de desnível!

A chegada foi dentro do shopping Morumbi, na Loja The North Face, patrocinadora do Dean e idealizadora do evento. Foi muito emocionante a chegada. Todo mundo estava em êxtase. Não dá para colocar em palavras o que senti ao cruzar a linha de chegada ao lado desse ícone das Ultramaratonas. Ele, juntamente com seu primeiro livro, me inspirou a correr ultras. Já falei anteriormente que Alexandre, Peter e Marcio me deram o impulso que faltava para virar um ultramaratonista. Dean também está nesse grupo, formando o quarteto responsável por isso tudo. Por isso correr com ele é tão maravilhoso. Foi simplesmente perfeito.

Não consegui fazer as 24h. Corri 75km, o que foi aproximadamente metade do desafio, que não teve uma quilometragem definida ao fim. Estima-se que tenha tido entre 140 e 155km. Mesmo não tendo corrido tudo, foi sensacional. Cada metro foi muito gostoso. Correr com um ídolo durante todos os 75km foi sensacional. Assim como correr também com o Adriano Bastos, assim como correr com essa dupla e também com vários amigos que lá estavam.

Pude reencontrar a Ana Levada, que é uma figuraça, o Harry, o Emerson, o Alexei, a Tomiko, minha querida “vó” Lucina, Elisete, o Pinguim. Tive o prazer de conhecer o João Paulo, que correrá a BR 217 em dupla comigo, o Joka, etc. Se esqueci de alguém, façam o favor de me cobrar. Encontrei muita gente e não quero esquecer de citar ninguém. Sem falar no meu grande amigo Jorge, que conseguiu correr todas as 24h.

Deixo aqui meus agradecimentos ao Dean Karnazes, que se mostrou uma pessoa fenomenal durante as 24 horas e também depois, no Rio de Janeiro. Também gostaria de agradecer à The North Face em especial à Paula Raso, que me ajudou em tudo. Ao pessoal da Adventure Camp, em especial ao Jorge, que me deu todo o apoio que precisava. Também gostaria de agradecer à Editora Leblon, que está lançando o novo livro “50 Maratonas em 50 Dias” do Dean Karnazes. Foi muito bom conhecer Moacir, Maurício e Lenke da editora! Comprem esse livro! Ele é simplesmente sensacional.

Acho que isso resume ao pouco essas 24h. Tenho muito mais coisas para escrever, mas de início é isso. Em breve mais informações e fotos...

É isso! Vamos que vamos!

Seguem algumas fotos:


O maravilhoso kit

Festa pré-largada

Antes da Largada!

Eu e João Paulo! Futuro Parceiro de BR!

Desafio concluído!

Os livros, eu, e o Morumbi!


Dona Levada e Adriano Bastos

Só alegria!

Precisa de legenda?

Eu e "vó" Lucina

Eu e o mito!

Eu e a Santa Paula!