quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

BR217 Parte 2 - De São João da Boa Vista até o Pico do Gavião

O sábado começou cedo. Às 6h da manhã já estava tomando café da manhã. Às 7h já tinha saído do hotel e logo depois estava na praça central de São João da Boa Vista para iniciar essa que seria a maior corrida da minha vida até então.

Na praça encontram-se todos os que iriam enfrentar solo os 217km, assim como as duplas e trios. Além dos atletas, as equipes de apoio se aglomeravam na rua, que estava fechada. Um pouco antes da largada é tocado o hino nacional e todos se posicionam para a largada. Como iria correr o segundo trecho, me posiciono num local onde é possível acompanhar a largada, que é dada pontualmente às 8h.

Esse primeiro trecho tinha 18km, e a chegada seria em Águas da Prata, cidade do interior paulista. A corrida em si não tem ponto oficial de troca, mas optamos por fazermos o revezamento nas cidades, evitando assim problemas caso o carro de apoio não pudesse acompanhar.

Victor, o nosso apoio, e eu dirigimos até Águas da Prata para esperar o João Paulo. Como esse trecho, assim como todos os outros, era bem acidentado, esperávamos que ele chegasse com 3h de prova, mas antes disso lá estava ele, o que significava que era minha vez de correr.

Meu trecho era divido em 2 sub-trechos: o primeiro era de 13,3k, entre Águas da Prata e a base do Pico do Gavião, já em Minas Gerais, e o segundo é a subida e descida do Pico do Gavião, ponto mais alto da prova com 1600m, cada uma com 5k, o que dava um total de 23,3km.

Já no início percebo que a estrada de terra está bastante castigada por conta das fortes chuvas que não paravam de cair. Até sábado, todo dia da última semana tinha chovido. Já passava de 11h da manhã e a chuva não ameaçava. Esses primeiros 13,3k seguem tranqüilos, sem muita dificuldade, até que chego à base do Pico. Lá encontro algumas equipes de apoio que me incentivam a subir. Começo a subir correndo, mas percebo que seria impossível, e começo a subir andando logo depois de 200m. A subida não é fácil e a maior parte dela, como de toda prova, é numa estrada de terra. Na metade da subida há uma descida, mas ela acaba logo e a subida logo volta a assustar. Mas tudo vale a pena quando se chega lá em cima e se aprecia aquela vista maravilhosa.

Agora só restavam 5k de descida. E como eu adoro descida! Começou a descida e também começou a corrida. Não parei de correr por toda a descida, a não ser no que falei ser a descida enquanto subia, já que nesse caso seria uma subida. Foram 5k bem rápidos para uma Ultramaratona. Em menos de 30min estava eu novamente na base. Dessa vez a base estava com muito mais carros de apoios. Dentre os carros está o meu. Passo a bola para o João Paulo correr e resolvo descansar um pouco.

Primeiro de 5 trechos finalizado! Terminei os 23,3km em 3h03’44”

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